Para defender a greve dos magistrados, o presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe), Gabriel Wedy, afirma que as varas de Execução Fiscal arrecadam cerca de R$ 10 bilhões por ano. O montante é muito superior ao impacto do aumento pedido pelos juízes federais aos cofres públicos, que seria de R$ 350 milhões, segundo o dirigente.
Wedy, diz que as reivindicações são por mais segurança, estrutura de trabalho e uma política de saúde previdenciária e remuneratória. "Vamos fazer as citações e as intimações da União no dia 29, na terça-feira, que ficaram concentradas desde o dia 20 de outubro. Todos os processos de interesse do cidadão foram atendidos nesse período", disse.
"Nos últimos seis anos tivemos apenas um reajuste de 8%, enquanto que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) chegam a quase 40%", afirma.
Segundo o presidente da Ajufe, a categoria pede aumento de 21% para os magistrados federais. "Os juízes federais arrecadaram, só no ano passado, R$ 7 bilhões. No ano de 2009, arrecadamos R$ 11 bilhões, no ano de 2008, arrecadamos R$ 9,6 bilhões. Ou seja, temos arrecadado quase uma média de R$ 10 bilhões por ano nas varas de execução fiscal e o curso da revisão do subsídio dos juízes é de R$ 350 milhões", justifica.
Segurança
Apesar da questão salarial estar entre as principais reivindicações, a segurança também é uma das exigências. Segundo dados do CNJ, 150 juízes foram ameaçados, mas, para a Ajufe, os dados são muito maiores.
"É de nossa competência julgar os criminosos mais perigosos do Brasil. Nós julgamos os líderes do crime organizado e do narcotráfico internacional e também muitos casos de corrupção, então os juízes criminais, que são cerca de 800 em todo o Brasil, correm potencial risco", afirma. "A verdade é que entre juízes e promotores, seis foram mortos nos últimos. Na Itália, quando eclodiu a operação Mãos Limpas, do combate da força pública italiana contra a (máfia) Cosa Nostra, foram assassinados dois juízes", compara.
Wedy diz que um mês e meio antes da morte da juíza estadual do Rio de Janeiro Patrícia Acioli, ele foi ao Senado acompanhado de oito juízes ameaçados para pedir a aprovação do projeto, de iniciativa da Ajufe, que permite o porte de arma para os agentes que fazem a proteção dos magistrados.
Indagado sobre as críticas da corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, contra os eventos para magistrados financiados por empresas privadas, Wedy diz que não vê problemas na realização dos mesmos, já que não influenciam nas decisões tomadas pelos magistrados. "Vivemos em uma sociedade capitalista", disse ele ao comparar esse relação com os recursos que veículos de imprensa recebem do poder público para publicidade.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Sob vaias e tapas, mulher e filhos do prefeito de Limeira deixam a cadeia
Sob vaias, xingamentos e tapas a primeira-dama de Limeira, no interior de São Paulo, Constância Félix, os filhos Maurício e Murilo Félix, os três cunhados do prefeito, Silvio Félix (PDT), e outras cinco pessoas deixaram a prisão durante a madrugada desta terça-feira com o fim do prazo de cinco dias da prisão temporária determinada pela Justiça. O grupo foi preso durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, que investiga a suspeita de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, sonegação fiscal, falsidade ideológica e furto qualificado.
Um grupo de moradores da cidade protestou durante a saída dos detidos ecoando palavras de ordem e foi preciso reforço da Guarda Municipal para que os familiares do prefeito Félix conseguissem sair do prédio. Alguns populares mais exaltados conseguiram chegar bem perto e desferiram tapas que atingiram a cabeça e braços da mulher e dos filhos do prefeito. Os suspeitos foram protegidos pelos guardas e, com dificuldade, entraram em carros de advogados e em viaturas da Guarda Municipal para deixar o local.
No início da noite de segunda, a Câmara de Vereadores aprovou o afastamento por 90 dias de Félix e a formação de uma Comissão Processante (CP) que pode culminar na cassação de seu mandato. O prefeito deixa o cargo assim que a decisão do Legislativo for publicada em Diário Oficial e o vice-prefeito, Orlando Zovico (PDT), assume em seu lugar.
Doze mandados de prisão e 15 de busca e apreensão foram cumpridos na última quinta-feira. Além da mulher e dos filhos do prefeito, também estavam detidos os cunhados, Davi Berbert Dutra, Verônica Dutra Amador e Lucimara Berbert Dutra, o contador Daniel Henrique Gomes da Silva, Carlos Henrique Pinheiro, Isaías Ribeiro, Maria Alves de Souza, Lucélia Baliani e o empresário Carlos Alberto de Souza Garcia, solto na semana passada beneficiado pela delação premiada.
O MP recolheu documentos e computadores em cinco empresas da família. A promotoria aponta a existência de 50 imóveis em nome de 'laranjas' e familiares do prefeito Félix cujo valor total ultrapassa R$ 22 milhões. Segundo o MP o patrimônio está acima do declarado pelos envolvidos.
Em entrevista coletiva ainda na semana passada, o prefeito negou as acusações e afirmou que já havia declarado que os seus familiares têm condições de comprovar os bens adquiridos por transferência e herança.
Um grupo de moradores da cidade protestou durante a saída dos detidos ecoando palavras de ordem e foi preciso reforço da Guarda Municipal para que os familiares do prefeito Félix conseguissem sair do prédio. Alguns populares mais exaltados conseguiram chegar bem perto e desferiram tapas que atingiram a cabeça e braços da mulher e dos filhos do prefeito. Os suspeitos foram protegidos pelos guardas e, com dificuldade, entraram em carros de advogados e em viaturas da Guarda Municipal para deixar o local.
No início da noite de segunda, a Câmara de Vereadores aprovou o afastamento por 90 dias de Félix e a formação de uma Comissão Processante (CP) que pode culminar na cassação de seu mandato. O prefeito deixa o cargo assim que a decisão do Legislativo for publicada em Diário Oficial e o vice-prefeito, Orlando Zovico (PDT), assume em seu lugar.
Doze mandados de prisão e 15 de busca e apreensão foram cumpridos na última quinta-feira. Além da mulher e dos filhos do prefeito, também estavam detidos os cunhados, Davi Berbert Dutra, Verônica Dutra Amador e Lucimara Berbert Dutra, o contador Daniel Henrique Gomes da Silva, Carlos Henrique Pinheiro, Isaías Ribeiro, Maria Alves de Souza, Lucélia Baliani e o empresário Carlos Alberto de Souza Garcia, solto na semana passada beneficiado pela delação premiada.
O MP recolheu documentos e computadores em cinco empresas da família. A promotoria aponta a existência de 50 imóveis em nome de 'laranjas' e familiares do prefeito Félix cujo valor total ultrapassa R$ 22 milhões. Segundo o MP o patrimônio está acima do declarado pelos envolvidos.
Em entrevista coletiva ainda na semana passada, o prefeito negou as acusações e afirmou que já havia declarado que os seus familiares têm condições de comprovar os bens adquiridos por transferência e herança.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
RJ: operação da polícia tenta coibir extorsões feitas por detentos
Policiais do 13º DP do Rio de Janeiro, com o apoio de agentes do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da Secretaria Penitenciária realizam uma operação contra detentos envolvidos em crimes de extorsão por telefone. A Operação Bloqueio 13 foi desencadeada nesta segunda-feira e cumpre mandados de prisão em vários pontos do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo o delegado Carlos Abreu, 20 pessoas foram indiciadas. O policial informou que foram feitos bloqueios de contas bancárias, a partir da representação juciátia e outros mandados podem ser expedidos ao longo da semana.
Segundo o delegado Carlos Abreu, 20 pessoas foram indiciadas. O policial informou que foram feitos bloqueios de contas bancárias, a partir da representação juciátia e outros mandados podem ser expedidos ao longo da semana.
sábado, 26 de novembro de 2011
Lupi trabalhou como funcionário fantasma da Câmara, diz jornal
Nova denúncia contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, aponta que ele foi funcionário fantasma da Câmara dos Deputados por quase seis anos. O ministro foi lotado na liderança do PDT de dezembro de 2000 a junho de 2006, mas no período exercia atividades partidárias como vice-presidente da sigla. Funcionários do partido em Brasília confirmaram que Lupi não aparecia no gabinete da Câmara e se dedicava exclusivamente a tarefas partidárias. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Parlamentares afirmaram que nunca tinham ouvido falar que o ministro havia sido contratado pela Câmara nesse período. Lupi ocupava um Cargo de Natureza Especial (CNE) e recebia o maior salário pago a um assessor da sigla, que corresponde a R$ 12 mil por mês. As normas dizem que ocupantes desses cargos devem exercer funções técnicas e precisam trabalhar nos gabinetes. Alvo recente de denúncias, Lupi não faz referência a esse trabalho em sua biografia no site oficial do ministério. Questionado, o ministro disse que de 1995 a 2000 exerceu "em alguns períodos, assessorias legislativas na liderança do PDT", omitindo a passagem pela liderança do partido de 2000 a 2006. Em 2002, segundo registros da Câmara, ele era assessor e não teria se licenciado para candidatar-se ao Senado, como prevê a legislação. Lupi negou e disse que cumpriu a lei.
Parlamentares afirmaram que nunca tinham ouvido falar que o ministro havia sido contratado pela Câmara nesse período. Lupi ocupava um Cargo de Natureza Especial (CNE) e recebia o maior salário pago a um assessor da sigla, que corresponde a R$ 12 mil por mês. As normas dizem que ocupantes desses cargos devem exercer funções técnicas e precisam trabalhar nos gabinetes. Alvo recente de denúncias, Lupi não faz referência a esse trabalho em sua biografia no site oficial do ministério. Questionado, o ministro disse que de 1995 a 2000 exerceu "em alguns períodos, assessorias legislativas na liderança do PDT", omitindo a passagem pela liderança do partido de 2000 a 2006. Em 2002, segundo registros da Câmara, ele era assessor e não teria se licenciado para candidatar-se ao Senado, como prevê a legislação. Lupi negou e disse que cumpriu a lei.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Governo lança disque-denúncia para brasileiras no exterior
Brasileiras que vivem em Portugal, Espanha e Itália agora poderão fazer denúncias de agressão por telefone. Nesta sexta-feira, o governo federal lança em Brasília a expansão para o exterior do serviço Ligue 180, que desde 2006 fez mais de dois milhões de atendimentos a mulheres vítimas de maus tratos.
Em entrevista à BBC Brasil, a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, disse que o alvo do serviço são mulheres que sofrem maus tratos de parceiros, são obrigadas a se prostituir, trabalham em condições precárias ou são "vítimas de organizações criminosas e foram sequestradas".
"Há uma grande incidência de casos desse tipo envolvendo brasileira nesses três países. O projeto é piloto. Vamos consolidar e podemos expandir para outros países", disse a ministra, citando os Estados Unidos como possível local para expansão.
O projeto foi feito em parceria com o Ministério da Justiça e o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores). O atendimento será feito a partir do Brasil, 24 horas por dia, e as ligações serão gratuitas e confidenciais. As atendentes repassarão os casos aos consulados, que irão ao encontro das vítimas e poderão acionar as autoridades locais e até a polícia dependendo da situação.
"Há um grande número de brasileiras que são vítimas de companheiros agressivos. Em outros casos, elas têm filhos que possuem apenas a nacionalidade dos países onde vivem (o que acaba prendendo as mulheres ao local). Nós vamos divulgar os números nos consulados, entidades brasileiras, aeroportos", disse Iriny.
Diplomacia
Lançado em 2006, o Ligue 180 já atendeu mais de dois milhões de mulheres em todo do País. São 130 ligações em média a cada dia. Segundo dados da secretaria, a maior parte das mulheres que entrou em contato com o serviço no Brasil "é parda (46%), tem entre 20 e 40 anos (64%), cursou parte ou todo o ensino fundamental (46%)". Ceca de 40% delas convivem com o agressor há mais de dez anos e 87% das denúncias foram feitas pelas próprias vítimas.
No exterior, "todo o processo de providências vai respeitar os tratados internacionais, as resoluções da ONU e os acordos bilaterais do Brasil com esses países", disse a ministra. "O Ligue 180 também vai facilitar o atendimento, já que muitas mulheres vivem em cidades distantes dos consulados brasileiros", disse Iriny.
Serviço
Na Espanha, as vítimas de agressão devem ligar para 900 990 055, fazer a opção 3 e, em seguida, informar à atendente o número 61-3799.0180.
Em Portugal, o número é 800 800 550. Deve-se discar a opção 3 e informar o número 61-3799.0180.
Na Itália, as brasileiras podem ligar para o 800 172 211, fazer a opção 3 e então informar o número 61-3799.018.
Em entrevista à BBC Brasil, a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, disse que o alvo do serviço são mulheres que sofrem maus tratos de parceiros, são obrigadas a se prostituir, trabalham em condições precárias ou são "vítimas de organizações criminosas e foram sequestradas".
"Há uma grande incidência de casos desse tipo envolvendo brasileira nesses três países. O projeto é piloto. Vamos consolidar e podemos expandir para outros países", disse a ministra, citando os Estados Unidos como possível local para expansão.
O projeto foi feito em parceria com o Ministério da Justiça e o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores). O atendimento será feito a partir do Brasil, 24 horas por dia, e as ligações serão gratuitas e confidenciais. As atendentes repassarão os casos aos consulados, que irão ao encontro das vítimas e poderão acionar as autoridades locais e até a polícia dependendo da situação.
"Há um grande número de brasileiras que são vítimas de companheiros agressivos. Em outros casos, elas têm filhos que possuem apenas a nacionalidade dos países onde vivem (o que acaba prendendo as mulheres ao local). Nós vamos divulgar os números nos consulados, entidades brasileiras, aeroportos", disse Iriny.
Diplomacia
Lançado em 2006, o Ligue 180 já atendeu mais de dois milhões de mulheres em todo do País. São 130 ligações em média a cada dia. Segundo dados da secretaria, a maior parte das mulheres que entrou em contato com o serviço no Brasil "é parda (46%), tem entre 20 e 40 anos (64%), cursou parte ou todo o ensino fundamental (46%)". Ceca de 40% delas convivem com o agressor há mais de dez anos e 87% das denúncias foram feitas pelas próprias vítimas.
No exterior, "todo o processo de providências vai respeitar os tratados internacionais, as resoluções da ONU e os acordos bilaterais do Brasil com esses países", disse a ministra. "O Ligue 180 também vai facilitar o atendimento, já que muitas mulheres vivem em cidades distantes dos consulados brasileiros", disse Iriny.
Serviço
Na Espanha, as vítimas de agressão devem ligar para 900 990 055, fazer a opção 3 e, em seguida, informar à atendente o número 61-3799.0180.
Em Portugal, o número é 800 800 550. Deve-se discar a opção 3 e informar o número 61-3799.0180.
Na Itália, as brasileiras podem ligar para o 800 172 211, fazer a opção 3 e então informar o número 61-3799.018.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Suspeito de assalto a residência é morto pela Rota em SP
Um homem não identificado foi morto na noite da última quarta-feira no bairro Campo Limpo, em São Paulo, após troca de tiros com policias das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota). De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito assaltou uma residência e tentou fugir.
Ele seguia pela estrada do Campo Limpo quando foi perseguido pela Rota. O criminoso colidiu o veículo contra uma lotação e, ao descer, teria disparado contra os policiais, que o atingiram.
Ele seguia pela estrada do Campo Limpo quando foi perseguido pela Rota. O criminoso colidiu o veículo contra uma lotação e, ao descer, teria disparado contra os policiais, que o atingiram.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Tempo fica fechado e com chuva forte no RJ e em MG
Nuvens carregadas associadas ao ar abafado e ao lento deslocamento de uma frente fria pelo Sudeste estão concentradas entre o leste e o norte do São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, de acordo com informações da Climatempo. A presença desta frente estimula a organização de muita instabilidade também entre Goiás, o interior da Bahia, em Mato Grosso e em praticamente todo o Norte do Brasil. Em todas estas localidades é alto o risco de chuva forte e volumosa, acompanhada de rajadas de vento. A chegada de uma nova massa de ar seco já provoca a diminuição da nebulosidade no interior da Região, no oeste de São Paulo e em Mato Grosso. Outra massa seca impede a formação de nebulosidade no centro-leste do Nordeste; confira a previsão do tempo por região:
Sudeste
Nesta quarta-feira, o tempo fica fechado com chuva forte, raios e ventania no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e na maior parte de Minas Gerais. Já no centro-oeste paulista, o sol reaparece com força e não chove, mas também não faz calor. No Vale do Jequitinhonha, chove a qualquer hora, mas ocorrem aberturas de sol. No Sul de Minas, no Triângulo Mineiro e nas demais áreas paulistas, chove apenas pela manhã, mas o sol aparece entre muitas nuvens e não chove mais durante a tarde.
Sul
O dia ainda é de sol entre muitas nuvens, com chuva fraca pela manhã, no leste do Paraná e no Vale do Itajaí. No leste catarinense e gaúcho, o sol também aparece entre muita nebulosidade, mas já não chove. Nas demais áreas do Sul, o sol brilha forte, poucas nuvens se formam e a temperatura volta a subir à tarde. Apesar do aquecimento, não há previsão de chuva.
Centro-Oeste
O tempo fica fechado com chuva forte e volumosa no leste de Goiás e no Distrito Federal. Já em Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso, o sol brilha forte e não há previsão de chuva. As demais áreas do Centro-Oeste ficam com sol e muitas nuvens. No sul goiano, chove apenas pela manhã. No norte do Estado e no centro-norte de Mato Grosso, a chuva ainda ocorre a qualquer hora.
Norte
As condições não mudam no Norte do Brasil. O sol aparece sempre entre muitas nuvens e chove a qualquer hora do dia na maior parte da Região. Apenas no Tocantins, no Amapá e no nordeste do Pará é que o sol predomina na maior parte do dia, faz bastante calor e há previsão de pancadas rápidas de chuva a partir da tarde.
Nordeste
O sol aparece forte e faz calor em todo o Nordeste. Na faixa entre o Recôncavo Baiano e o norte do Maranhão, com exceção do litoral entre Pernambuco e o Ceará, o céu fica praticamente sem nuvens e não há condições de chuva. Nas demais áreas da Região, algumas nuvens se espalham e provocam pancadas rápidas de chuva no decorrer do dia.
Sudeste
Nesta quarta-feira, o tempo fica fechado com chuva forte, raios e ventania no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e na maior parte de Minas Gerais. Já no centro-oeste paulista, o sol reaparece com força e não chove, mas também não faz calor. No Vale do Jequitinhonha, chove a qualquer hora, mas ocorrem aberturas de sol. No Sul de Minas, no Triângulo Mineiro e nas demais áreas paulistas, chove apenas pela manhã, mas o sol aparece entre muitas nuvens e não chove mais durante a tarde.
Sul
O dia ainda é de sol entre muitas nuvens, com chuva fraca pela manhã, no leste do Paraná e no Vale do Itajaí. No leste catarinense e gaúcho, o sol também aparece entre muita nebulosidade, mas já não chove. Nas demais áreas do Sul, o sol brilha forte, poucas nuvens se formam e a temperatura volta a subir à tarde. Apesar do aquecimento, não há previsão de chuva.
Centro-Oeste
O tempo fica fechado com chuva forte e volumosa no leste de Goiás e no Distrito Federal. Já em Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso, o sol brilha forte e não há previsão de chuva. As demais áreas do Centro-Oeste ficam com sol e muitas nuvens. No sul goiano, chove apenas pela manhã. No norte do Estado e no centro-norte de Mato Grosso, a chuva ainda ocorre a qualquer hora.
Norte
As condições não mudam no Norte do Brasil. O sol aparece sempre entre muitas nuvens e chove a qualquer hora do dia na maior parte da Região. Apenas no Tocantins, no Amapá e no nordeste do Pará é que o sol predomina na maior parte do dia, faz bastante calor e há previsão de pancadas rápidas de chuva a partir da tarde.
Nordeste
O sol aparece forte e faz calor em todo o Nordeste. Na faixa entre o Recôncavo Baiano e o norte do Maranhão, com exceção do litoral entre Pernambuco e o Ceará, o céu fica praticamente sem nuvens e não há condições de chuva. Nas demais áreas da Região, algumas nuvens se espalham e provocam pancadas rápidas de chuva no decorrer do dia.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
SP: tampa de bueiro explode e pega fogo no Largo São Bento
Um bueiro explodiu na região central de São Paulo no fim da madrugada desta terça-feira. O incidente ocorreu por volta das 5h30 no Largo São Bento, próximo à esquina com a rua Boa Vista. Os bombeiros foram acionados e controlaram as chamas. Ninguém ficou ferido.
De acordo com o cabo da PM Márcio Gonçalves, que trabalha em uma base próxima ao local e presenciou a explosão, as chamas chegaram a 1 m de altura. Ele contou à rádio CBN que chegou a alertar a equipe do metrô sobre o incidente, caso o problema fosse relativo à empresa, mas "foi verificado que se trata de fiação da empresa de telefone".
O Corpo de Bombeiros fez vistorias em outros bueiros da região e informou por volta das 6h30 que o fogo foi extinto e que o local foi "deixado em segurança aos cuidados (das empresas) Eletropaulo/Telefônica".
A assessoria de imprensa da Telefônica informou ter enviado uma equipe técnica ao local, a qual constatou que o problema não era em sua rede. A empresa de telefonia Embratel, que também opera na região, informou ter enviado uma equipe técnica ao local, e verificou que o bueiro atingido não era propriedade da empresa.
Na noite do último sábado, um outro bueiro explodiu na avenida Angélica, próximo ao Elevado Costa e Silva, o Minhocão. A causa, segundo a concessionária de energia elétrica, foi um curto na caixa de baixa tensão.
De acordo com o cabo da PM Márcio Gonçalves, que trabalha em uma base próxima ao local e presenciou a explosão, as chamas chegaram a 1 m de altura. Ele contou à rádio CBN que chegou a alertar a equipe do metrô sobre o incidente, caso o problema fosse relativo à empresa, mas "foi verificado que se trata de fiação da empresa de telefone".
O Corpo de Bombeiros fez vistorias em outros bueiros da região e informou por volta das 6h30 que o fogo foi extinto e que o local foi "deixado em segurança aos cuidados (das empresas) Eletropaulo/Telefônica".
A assessoria de imprensa da Telefônica informou ter enviado uma equipe técnica ao local, a qual constatou que o problema não era em sua rede. A empresa de telefonia Embratel, que também opera na região, informou ter enviado uma equipe técnica ao local, e verificou que o bueiro atingido não era propriedade da empresa.
Na noite do último sábado, um outro bueiro explodiu na avenida Angélica, próximo ao Elevado Costa e Silva, o Minhocão. A causa, segundo a concessionária de energia elétrica, foi um curto na caixa de baixa tensão.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
PM morre baleado em frente a casa noturna no centro de SP
Um policial militar à paisana morreu após ser baleado em frente a uma casa noturna na manhã desta segunda-feira no centro de São Paulo. Outro policial que estava com ele também foi vítima dos disparos. Eles foram encaminhados ao Pronto-Socorro da Santa Casa, e o PM ferido, segundo a assessoria da corporação, não corria risco de morrer.
A dupla estava na avenida Ipiranga, próximo à casa noturna Love Story, quando foi atingida pelos tiros por volta das 6h. A PM ainda não tinha informações sobre as circunstâncias ou os autores do crime. A ocorrência seria registrada no 3º DP.
A dupla estava na avenida Ipiranga, próximo à casa noturna Love Story, quando foi atingida pelos tiros por volta das 6h. A PM ainda não tinha informações sobre as circunstâncias ou os autores do crime. A ocorrência seria registrada no 3º DP.
sábado, 19 de novembro de 2011
Aumento da temperatura global é inevitável, dizem especialistas
Em setembro passado, a camada de gelo que cobre o Oceano Ártico chegou ao seu nível mais baixo desde 2007, com 4,4 milhões de km². Foi a menor extensão da camada desde que as medições começaram há 40 anos, apresentando 40% menos gelo em comparação com os anos 70 e 80. A situação é considerada grave pelos especialistas, como o chefe do Instituto de Impacto do Clima da Universidade de Potsdam, Stefan Rahmstorf, que afirmou recentemente que a camada de gelo pode desaparecer do oceano ártico nos próximos 15 anos.
Alguns dos fatores para o degelo são naturais, conforme explica a PHD e professora do Departamento de Oceanografia Física da USP, Ilana Wainer. "Variações climáticas são parte da evolução natural do planeta, função da variação de parâmetros orbitais como a distância terra-sol, a inclinação do eixo da terra e a constante solar", explica a especialista.
Segundo Wainer, a Terra completa um ciclo de precessão a cada 26 mil anos, e ao mesmo tempo, existem variações da inclinação do eixo da Terra, que oscila entre aproximadamente 22,1 e 24,5 graus num ciclo de 41 mil anos. "A elipcidade da órbita da Terra também varia e, combinada com a precessão, dá origem a um ciclo de 21 mil anos. As variações dos parâmetros orbitais (ecentricidade) estão associadas a ciclos de 100 mil anos. Esses ciclos são conhecidos como os ciclos de Milankovitch e afetam a quantidade de radiação que chega ao planeta Terra, e consequentemente, induzem as variações climáticas 'naturais", diz.
Mesmo assim, para a professora da USP, o homem tem sua parcela de culpa no processo. "Hoje, devido à atividade industrial e ao aumento das emissões dos gases do efeito estufa, estamos vivenciando um aumento da temperatura global a taxas nunca antes observadas. É esse aquecimento acelerado que está causando o rápido degelo no Ártico. Eras glaciais e interglaciais sempre ocorreram, mas o impacto do homem acelerou esse processo e hoje, a taxa de degelo observada pode ser atribuída fundamentalmente ao aquecimento global", afirma.
Para o doutor em Glaciologia e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, Jefferson Simões, o degelo do Ártico não faz parte de processos naturais e não há muito que possa ser feito no momento. "Todas as evidências e o histórico que temos sobre a variabilidade do mar congelado do Ártico, e temos história dos últimos 4 séculos, mostram que trata-se de um fenômeno único e muito rápido.
"Estamos observando as mais rápidas modificações na extensão do mar congelado no mundo", diz Simões, que lembra que o degelo do ártico não afetará o nível das águas, pois não se tratam de geleiras e sim do próprio mar. "Mar congelado ao derreter não afeta nível do mar, pois o gelo já está flutuando na água, é o princípio de Arquimedes. Assim, o degelo afeta o clima, mas não o nível do mar", explica. "No momento, a gente já iniciou esse processo de mudanças do clima, e essas mudanças estão sendo aceleradas, principalmente no Ártico. Como nós já mudamos a composição química, esse processo vai ocorrer nos próximos 50, 60 anos, mas do jeito que está no momento, não faz muita diferença", diz o especialista.
Ilana Wainer, da USP, concorda. "A quantidade atual da concentração de gases do efeito estufa é tal que o aumento da temperatura global é inevitável. O mais grave é a rapidez da taxa de aumento da temperatura. Mesmo que haja uma diminuição drástica das emissões de gases para a atmosfera, esta continuaria a esquentar durante pelo menos 50 anos, e há previsões de que a estabilização da temperatura global demoraria até um século", afirma a professora. Para ela, a única coisa a ser feita é começar a agir imediatamente na redução da chamada "pegada de carbono", usando transporte público, bicicletas, sacolas reutilizáveis, economizando energia e água e sendo absolutamente consciente do meio-ambiente e natureza que nos cerca. "Exigir políticas publicas que protejam o meio ambiente, terrestre e marinho, investimentos em energias alternativas e transporte público eficiente e de qualidade, inclusive com ciclovias".
Já Simões lembra que certos impactos serão inevitáveis. "O pessoal acha que as respostas do ambiente são imediatas. Muitas das mudanças ambientais que nós estamos vivendo hoje são consequência dos últimos 100 anos. É claro que tem que evitar o aumento das emissões dos gases estufa. Mas não é possível ter uma sociedade de 7 bilhões de indivíduos sem deixarmos pegada de carbono", conclui.
Alguns dos fatores para o degelo são naturais, conforme explica a PHD e professora do Departamento de Oceanografia Física da USP, Ilana Wainer. "Variações climáticas são parte da evolução natural do planeta, função da variação de parâmetros orbitais como a distância terra-sol, a inclinação do eixo da terra e a constante solar", explica a especialista.
Segundo Wainer, a Terra completa um ciclo de precessão a cada 26 mil anos, e ao mesmo tempo, existem variações da inclinação do eixo da Terra, que oscila entre aproximadamente 22,1 e 24,5 graus num ciclo de 41 mil anos. "A elipcidade da órbita da Terra também varia e, combinada com a precessão, dá origem a um ciclo de 21 mil anos. As variações dos parâmetros orbitais (ecentricidade) estão associadas a ciclos de 100 mil anos. Esses ciclos são conhecidos como os ciclos de Milankovitch e afetam a quantidade de radiação que chega ao planeta Terra, e consequentemente, induzem as variações climáticas 'naturais", diz.
Mesmo assim, para a professora da USP, o homem tem sua parcela de culpa no processo. "Hoje, devido à atividade industrial e ao aumento das emissões dos gases do efeito estufa, estamos vivenciando um aumento da temperatura global a taxas nunca antes observadas. É esse aquecimento acelerado que está causando o rápido degelo no Ártico. Eras glaciais e interglaciais sempre ocorreram, mas o impacto do homem acelerou esse processo e hoje, a taxa de degelo observada pode ser atribuída fundamentalmente ao aquecimento global", afirma.
Para o doutor em Glaciologia e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, Jefferson Simões, o degelo do Ártico não faz parte de processos naturais e não há muito que possa ser feito no momento. "Todas as evidências e o histórico que temos sobre a variabilidade do mar congelado do Ártico, e temos história dos últimos 4 séculos, mostram que trata-se de um fenômeno único e muito rápido.
"Estamos observando as mais rápidas modificações na extensão do mar congelado no mundo", diz Simões, que lembra que o degelo do ártico não afetará o nível das águas, pois não se tratam de geleiras e sim do próprio mar. "Mar congelado ao derreter não afeta nível do mar, pois o gelo já está flutuando na água, é o princípio de Arquimedes. Assim, o degelo afeta o clima, mas não o nível do mar", explica. "No momento, a gente já iniciou esse processo de mudanças do clima, e essas mudanças estão sendo aceleradas, principalmente no Ártico. Como nós já mudamos a composição química, esse processo vai ocorrer nos próximos 50, 60 anos, mas do jeito que está no momento, não faz muita diferença", diz o especialista.
Ilana Wainer, da USP, concorda. "A quantidade atual da concentração de gases do efeito estufa é tal que o aumento da temperatura global é inevitável. O mais grave é a rapidez da taxa de aumento da temperatura. Mesmo que haja uma diminuição drástica das emissões de gases para a atmosfera, esta continuaria a esquentar durante pelo menos 50 anos, e há previsões de que a estabilização da temperatura global demoraria até um século", afirma a professora. Para ela, a única coisa a ser feita é começar a agir imediatamente na redução da chamada "pegada de carbono", usando transporte público, bicicletas, sacolas reutilizáveis, economizando energia e água e sendo absolutamente consciente do meio-ambiente e natureza que nos cerca. "Exigir políticas publicas que protejam o meio ambiente, terrestre e marinho, investimentos em energias alternativas e transporte público eficiente e de qualidade, inclusive com ciclovias".
Já Simões lembra que certos impactos serão inevitáveis. "O pessoal acha que as respostas do ambiente são imediatas. Muitas das mudanças ambientais que nós estamos vivendo hoje são consequência dos últimos 100 anos. É claro que tem que evitar o aumento das emissões dos gases estufa. Mas não é possível ter uma sociedade de 7 bilhões de indivíduos sem deixarmos pegada de carbono", conclui.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
vc repórter: Blumenau sedia Festival Brasileiro de Cerveja
Começou na última quinta-feira a terceira edição do Festival Brasileiro de Cerveja, no Parque da Vila Germânica, em Blumenau, em Santa Catarina. A festa apresenta 80 expositores de cervejarias artesanais e importadas, além de contar com 450 rótulos diferentes da bebida.
Cervejeiros e consumidores do Brasil inteiro se reúnem no evento - que dura até sábado - para degustar os sabores exóticos e participar de palestras e painéis com nomes renomados do mundo da cerveja.
De acordo com a organização do festival, ao todo serão 12 atrações musicais, incluindo o grupo de samba Demônios da Garoa, que deve se apresentar às 22h do dia 19.
Além disso, os amantes de cinema poderão conferir o Beerfilm, a primeira mostra internacional de filmes sobre cerveja. As sessões serão exibidas em uma sala de projeção exclusiva para 200 lugares, no Setor 2, a cada duas horas.
O ingresso para o evento custa R$ 10. Nesta sexta-feira, o Festival da Cerveja começa às 19h e dura até 1h. Já no sábado, o evento vai das 12h à 1h.
Cervejeiros e consumidores do Brasil inteiro se reúnem no evento - que dura até sábado - para degustar os sabores exóticos e participar de palestras e painéis com nomes renomados do mundo da cerveja.
De acordo com a organização do festival, ao todo serão 12 atrações musicais, incluindo o grupo de samba Demônios da Garoa, que deve se apresentar às 22h do dia 19.
Além disso, os amantes de cinema poderão conferir o Beerfilm, a primeira mostra internacional de filmes sobre cerveja. As sessões serão exibidas em uma sala de projeção exclusiva para 200 lugares, no Setor 2, a cada duas horas.
O ingresso para o evento custa R$ 10. Nesta sexta-feira, o Festival da Cerveja começa às 19h e dura até 1h. Já no sábado, o evento vai das 12h à 1h.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
ONG: negro sofre 'discriminação institucionalizada' na saúde
Além de ter menos acesso a planos de saúde do que brancos, a população negra também sofre uma "discriminação institucionalizada" nos serviços públicos de saúde do País, segundo o diretor do Fundo Baobá, Athayde Motta. "De alguma forma, os serviços do Estado reproduzem o preconceito de parte da sociedade. Pesquisas mostram que nos locais onde a maior parte da população é negra o serviço tende a ser pior", diz Motta.
A tese defendida por Motta, que dirige o Fundo Baobá, uma ONG que viabiliza projetos que promovam a equidade racial, já foi sentida na pele por Marcelo Antonio de Jesus. Educador em uma ONG em São Paulo, 36 anos, Jesus conta que "durante exames", já sentiu "que há o receio de alguns médicos de tocar o paciente, pelo fato de ser negro". "Isso também ocorreu com familiares. No meu caso, em uma ocasião, fui a dois médicos diferentes. Um deles nem me examinou e deu o diagnóstico só a partir do que eu havia contado", disse.
Eliane Barbosa, pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo que publicou um trabalho analisando políticas públicas que lidam com desigualdade no País, diz que parte dos médicos dão tratamento diferenciado a indivíduos brancos e negros, mas não apenas ns serviço de saúde público como também no privado. "Em alguns casos os médicos consideram que as mulheres negras, por exemplo, são mais fortes que as brancas, que elas não precisam dos mesmos cuidados", diz Eliane, que tem 40 anos e faz parte da parcela dos 15,2% dos negros que possuem plano de saúde no Brasil.
Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, a proporção dos brancos com acesso plano de saúde é o dobro, ou 31,3%. Para Eliane, não se trata necessariamente de um "um preconceito racional" por parte dos profissionais de saúde. "Não quer dizer que eles querem discriminar alguém", diz. "É uma questão de referência dos médicos, geralmente homens e mulheres brancas. É uma questão muito profunda, uma reprodução inconsciente de um comportamento (racista da sociedade)", diz.
Marcelo Antonio de Jesus, que é educador, defende que a questão seja abordada nos cursos de medicina do País. "É necessária uma quebra de cultura. Boa parte dos estudantes de medicina vem de uma elite. É difícil que esses profissionais queiram depois atender na periferia. É até compreensível, porque eles vão encontrar uma realidade muito diferente da que vivem. Por isso a educação é importante", diz.
Eliane também acha que é preciso incluir a questão racial nas universidades. Ela lembra, ainda, que existem algumas doenças com maior incidência em determinados grupos, "como é o caso da pressão alta entre os negros", diz.
Ascensão e discriminação
A ascensão da classe C no Brasil permitiu um acesso maior de parte significativa da população negra brasileira a renda e consumo. Mas, segundo Athayde Mota, isso não significa que a discriminação racial diminuiu. "A ascensão da classe C está transformando a vida dessa população em vários sentidos. Mas a discriminação racial continua a se manifestar, só que agora em outros locais. O preconceito aparece em restaurantes e locais que os negros não frequentavam", diz Motta.
A tese defendida por Motta, que dirige o Fundo Baobá, uma ONG que viabiliza projetos que promovam a equidade racial, já foi sentida na pele por Marcelo Antonio de Jesus. Educador em uma ONG em São Paulo, 36 anos, Jesus conta que "durante exames", já sentiu "que há o receio de alguns médicos de tocar o paciente, pelo fato de ser negro". "Isso também ocorreu com familiares. No meu caso, em uma ocasião, fui a dois médicos diferentes. Um deles nem me examinou e deu o diagnóstico só a partir do que eu havia contado", disse.
Eliane Barbosa, pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo que publicou um trabalho analisando políticas públicas que lidam com desigualdade no País, diz que parte dos médicos dão tratamento diferenciado a indivíduos brancos e negros, mas não apenas ns serviço de saúde público como também no privado. "Em alguns casos os médicos consideram que as mulheres negras, por exemplo, são mais fortes que as brancas, que elas não precisam dos mesmos cuidados", diz Eliane, que tem 40 anos e faz parte da parcela dos 15,2% dos negros que possuem plano de saúde no Brasil.
Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, a proporção dos brancos com acesso plano de saúde é o dobro, ou 31,3%. Para Eliane, não se trata necessariamente de um "um preconceito racional" por parte dos profissionais de saúde. "Não quer dizer que eles querem discriminar alguém", diz. "É uma questão de referência dos médicos, geralmente homens e mulheres brancas. É uma questão muito profunda, uma reprodução inconsciente de um comportamento (racista da sociedade)", diz.
Marcelo Antonio de Jesus, que é educador, defende que a questão seja abordada nos cursos de medicina do País. "É necessária uma quebra de cultura. Boa parte dos estudantes de medicina vem de uma elite. É difícil que esses profissionais queiram depois atender na periferia. É até compreensível, porque eles vão encontrar uma realidade muito diferente da que vivem. Por isso a educação é importante", diz.
Eliane também acha que é preciso incluir a questão racial nas universidades. Ela lembra, ainda, que existem algumas doenças com maior incidência em determinados grupos, "como é o caso da pressão alta entre os negros", diz.
Ascensão e discriminação
A ascensão da classe C no Brasil permitiu um acesso maior de parte significativa da população negra brasileira a renda e consumo. Mas, segundo Athayde Mota, isso não significa que a discriminação racial diminuiu. "A ascensão da classe C está transformando a vida dessa população em vários sentidos. Mas a discriminação racial continua a se manifestar, só que agora em outros locais. O preconceito aparece em restaurantes e locais que os negros não frequentavam", diz Motta.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Rio: PM do Batalhão de Choque é encontrado morto na Tijuca
O corpo de um policial militar do Batalhão de Choque foi encontrado na madrugada desta quarta-feira na zona norte do Rio de Janeiro. O cadáver se encontrava na altura do número 32 da rua Ferreira Pontes, na Tijuca.
Junto ao corpo, que apresentava marcas de tiros, havia uma granada. A polícia ainda não tem informações sobre o autor dos disparos e investiga se o policial foi vítima de uma tentativa de assalto ou executado.
Junto ao corpo, que apresentava marcas de tiros, havia uma granada. A polícia ainda não tem informações sobre o autor dos disparos e investiga se o policial foi vítima de uma tentativa de assalto ou executado.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Beltrame quer ajuda de Nem para esclarecer corrupção policial
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse que o depoimento do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, pode ajudar a elucidar casos de corrupção policial. O secretário afirmou que pode oferecer ao traficante, preso desde 1º de novembro em Bangu 1, alguma medida judicial para que ele contribua com a Justiça e a polícia. As informações foram passadas por Beltrame em entrevista ao Bom Dia Brasil, da Rede Globo, na manhã desta segunda-feira.
O secretário comentou a ocupação das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, enfatizando que muitos traficantes ainda devem estar escondidos na região. "É no mínimo temerário dizer que não tem mais ninguém. O objetivo da polícia é estar nesses locais de uma forma maciça, para identificar estas pessoas ou qualquer outro equipamento criminoso que eles possam ter", disse.
Beltrame garantiu também que vai procurar dar uma "destinação" aos imóveis de luxo dos traficantes, localizados pelos policiais durante a ocupação. "Não posso adiantar ainda se essas casas serão destinados a equipamentos do Estado, como bases de polícia. Depende de uma avaliação, se interessa ou não ao Estado", acrescentou.
O secretário de Segurança afirmou ainda que na ocupação da Rocinha houve uma preocupação do governo com os desvios de conduta de policiais, como ocorreu no Complexo do Alemão. "Desta vez, adotamos uma série de medidas para proteger a população dos maus policiais, como por exemplo a proibição do uso de mochilas", explicou.
José Mariano Beltrame não quis adiantar a data da instalação da nova Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Rocinha. "Não posso fixar uma data. São os homens da linha de frente que vão determinar a data certa", concluiu.
O secretário comentou a ocupação das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, enfatizando que muitos traficantes ainda devem estar escondidos na região. "É no mínimo temerário dizer que não tem mais ninguém. O objetivo da polícia é estar nesses locais de uma forma maciça, para identificar estas pessoas ou qualquer outro equipamento criminoso que eles possam ter", disse.
Beltrame garantiu também que vai procurar dar uma "destinação" aos imóveis de luxo dos traficantes, localizados pelos policiais durante a ocupação. "Não posso adiantar ainda se essas casas serão destinados a equipamentos do Estado, como bases de polícia. Depende de uma avaliação, se interessa ou não ao Estado", acrescentou.
O secretário de Segurança afirmou ainda que na ocupação da Rocinha houve uma preocupação do governo com os desvios de conduta de policiais, como ocorreu no Complexo do Alemão. "Desta vez, adotamos uma série de medidas para proteger a população dos maus policiais, como por exemplo a proibição do uso de mochilas", explicou.
José Mariano Beltrame não quis adiantar a data da instalação da nova Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Rocinha. "Não posso fixar uma data. São os homens da linha de frente que vão determinar a data certa", concluiu.
domingo, 13 de novembro de 2011
TCU encontra falhas em sistema de contratos usado pelo Dnit
O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou neste sábado que encontrou falhas no Sistema de Acompanhamento de Contratos (Siac), usado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para gerenciar contratos e medições de obras.
O relatório da auditoria feita pelo TCU encontrou falhas em relação à ausência de regulamentação para uso do sistema e a contas de usuários ativas indevidamente, além da inexistência de política de controle de acesso dos usuários do Siac.
O tribunal também constatou indícios de inconsistências nos valores dos contratos e respectivos itens de serviço cadastrados. Foram identificadas ainda falhas no cadastro dos contratos e dos fiscais de contrato e no processamento de medições fora dos prazos legais.
De acordo com o TCU, as falhas encontradas representam riscos ao principal processo de trabalho da autarquia. A fiscalização do sistema é uma das quatro auditorias específicas em contratos, sistemas ou processos de tecnologia da informação selecionados a partir das constatações obtidas nas auditorias de controles gerais.
A crise no Ministério dos Transportes
Uma reportagem da revista Veja do início de julho afirmou que integrantes do Partido da República haviam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras dentro do Ministério dos Transportes. O negócio renderia à sigla até 5% do valor dos contratos firmados pelo ministério sob a gestão da Valec (estatal do setor ferroviário) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O esquema seria comandado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto. Mesmo sem cargo na estrutura federal, ele lideraria reuniões com empreiteiros e consultorias que participavam de licitações do governo no ramo.
O PR emitiu nota negando a participação no suposto esquema e prometendo ingressar com uma medida judicial contra a revista. Nascimento, que também negou as denúncias de conivência com as irregularidades, abriu uma sindicância interna no ministério e pediu que a Controladoria-Geral da República (CGU) fizesse uma auditoria nos contratos em questão. Assim, a CGU iniciou "um trabalho de análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias".
Apesar do apoio inicial da presidente Dilma Rousseff, que lhe garantiu o cargo desde que ele desse explicações, a pressão sobre Nascimento aumentou após novas denúncias: o Ministério Público investigava o crescimento patrimonial de 86.500% em seis anos de um filho do ministro. Diante de mais acusações e da ameaça de instalação de uma CPI, o ministro não resistiu e encaminhou, no dia 6 de julho, seu pedido de demissão à presidente. Em seu lugar, assumiu Paulo Sérgio Passos, que era secretário-executivo da pasta e havia sido ministro interino em 2010.
Além de Nascimento, outros integrantes da pasta foram afastados ou demitidos, entre eles o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Hideraldo Caron - único indicado pelo PT na direção do órgão -, o diretor-executivo do Dnit, José Henrique Sadok de Sá, o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves, e assessores de Nascimento.
O relatório da auditoria feita pelo TCU encontrou falhas em relação à ausência de regulamentação para uso do sistema e a contas de usuários ativas indevidamente, além da inexistência de política de controle de acesso dos usuários do Siac.
O tribunal também constatou indícios de inconsistências nos valores dos contratos e respectivos itens de serviço cadastrados. Foram identificadas ainda falhas no cadastro dos contratos e dos fiscais de contrato e no processamento de medições fora dos prazos legais.
De acordo com o TCU, as falhas encontradas representam riscos ao principal processo de trabalho da autarquia. A fiscalização do sistema é uma das quatro auditorias específicas em contratos, sistemas ou processos de tecnologia da informação selecionados a partir das constatações obtidas nas auditorias de controles gerais.
A crise no Ministério dos Transportes
Uma reportagem da revista Veja do início de julho afirmou que integrantes do Partido da República haviam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras dentro do Ministério dos Transportes. O negócio renderia à sigla até 5% do valor dos contratos firmados pelo ministério sob a gestão da Valec (estatal do setor ferroviário) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O esquema seria comandado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto. Mesmo sem cargo na estrutura federal, ele lideraria reuniões com empreiteiros e consultorias que participavam de licitações do governo no ramo.
O PR emitiu nota negando a participação no suposto esquema e prometendo ingressar com uma medida judicial contra a revista. Nascimento, que também negou as denúncias de conivência com as irregularidades, abriu uma sindicância interna no ministério e pediu que a Controladoria-Geral da República (CGU) fizesse uma auditoria nos contratos em questão. Assim, a CGU iniciou "um trabalho de análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias".
Apesar do apoio inicial da presidente Dilma Rousseff, que lhe garantiu o cargo desde que ele desse explicações, a pressão sobre Nascimento aumentou após novas denúncias: o Ministério Público investigava o crescimento patrimonial de 86.500% em seis anos de um filho do ministro. Diante de mais acusações e da ameaça de instalação de uma CPI, o ministro não resistiu e encaminhou, no dia 6 de julho, seu pedido de demissão à presidente. Em seu lugar, assumiu Paulo Sérgio Passos, que era secretário-executivo da pasta e havia sido ministro interino em 2010.
Além de Nascimento, outros integrantes da pasta foram afastados ou demitidos, entre eles o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Hideraldo Caron - único indicado pelo PT na direção do órgão -, o diretor-executivo do Dnit, José Henrique Sadok de Sá, o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves, e assessores de Nascimento.
sábado, 12 de novembro de 2011
Bebê é internado após engolir pedra de crack no interior de SP
Uma menina de 1 anos e 3 meses foi internada no Pronto Socorro do Hospital de Araçatuba, no interior de São Paulo, na noite de quinta-feira após engolir uma pedra de crack. De acordo com a polícia, o pai da criança, que é usuário de drogas, afirmou não ter visto quando a filha pegou a droga de cima de uma mesa e colocou na boca.
Segundo a assessoria de comunicação do hospital, a criança permanecia internada e medicada nesta sexta-feira, mas o estado de saúde dela não foi divulgado.
O caso foi apresentado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). A ocorrência é acompanhada, também pelo Conselho Tutelar do município.
Segundo a assessoria de comunicação do hospital, a criança permanecia internada e medicada nesta sexta-feira, mas o estado de saúde dela não foi divulgado.
O caso foi apresentado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). A ocorrência é acompanhada, também pelo Conselho Tutelar do município.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
RJ: polícia flagra gato de energia elétrica em depósito de gás
O dono de um depósito de gás em Japeri, região metropolitana do Rio de Janeiro, acabou preso em flagrante na quinta-feira por furto de energia elétrica. Depois da descoberta da polícia, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) confirmaram que o comércio era abastecido de eletricidade por meio de um gato.
A ligação clandestina foi percebida durante uma fiscalização aos estabelecimentos da região do bairro Vila Central. O comerciante, de 36 anos, foi encaminhado para a delegacia.
A ligação clandestina foi percebida durante uma fiscalização aos estabelecimentos da região do bairro Vila Central. O comerciante, de 36 anos, foi encaminhado para a delegacia.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Lupi vai à Câmara falar sobre denúncias de irregularidades
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT) vai, nesta quinta-feira, a partir das 9h30, à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para prestar esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades no repasse de recursos do Ministério do Trabalho para organizações não governamentais e de envolvimento de assessores com um esquema de pagamento de propina em benefício do partido.
Nesta quarta-feira, os deputados discutiam sobre a votação de requerimentos de convite e convocação do ministro, quando Lupi enviou mensagem informando sua disposição de ir hoje à Câmara para dar explicações. Desde o fim de semana, o ministro nega todas as suspeitas. Ele afastou um dos assessores envolvidos nas informações.
Em entrevistas recentes, Lupi disse que o assunto está superado. "A gente já deu as respostas que tinha que dar, apresentou os documentos, o procurador-geral da República (Roberto Gurgel) já se pronunciou. Agora, estou aqui para trabalhar", acrescentou, durante encontro destinado a discutir o Programa Brasil sem Miséria.
Lupi reiterou que sua equipe não cobra propina em nome do partido. Ele lembrou que o Ministério do Trabalho conta com cerca de 10 mil funcionários. "Se (alguém) tiver feito, cadeia para o corrupto e para o corruptor", disse.
Segundo o ministro, as informações de irregularidades são "vazias e irresponsáveis". Ele pediu que sejam apresentadas provas relacionadas a supostos pagamentos de propina que envolvam seu nome.
Nesta quarta-feira, os deputados discutiam sobre a votação de requerimentos de convite e convocação do ministro, quando Lupi enviou mensagem informando sua disposição de ir hoje à Câmara para dar explicações. Desde o fim de semana, o ministro nega todas as suspeitas. Ele afastou um dos assessores envolvidos nas informações.
Em entrevistas recentes, Lupi disse que o assunto está superado. "A gente já deu as respostas que tinha que dar, apresentou os documentos, o procurador-geral da República (Roberto Gurgel) já se pronunciou. Agora, estou aqui para trabalhar", acrescentou, durante encontro destinado a discutir o Programa Brasil sem Miséria.
Lupi reiterou que sua equipe não cobra propina em nome do partido. Ele lembrou que o Ministério do Trabalho conta com cerca de 10 mil funcionários. "Se (alguém) tiver feito, cadeia para o corrupto e para o corruptor", disse.
Segundo o ministro, as informações de irregularidades são "vazias e irresponsáveis". Ele pediu que sejam apresentadas provas relacionadas a supostos pagamentos de propina que envolvam seu nome.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Empresa fantasma tem contrato de R$ 3,7 mi com Ministério do Trabalho
A Associação dos Artesãos e Produtores Rudimentares do Rio (Aart) foi selecionada pelo Ministério do Trabalho para oferecer cursos de qualificação para o "arranjo produtivo da indústria do carnaval". Porém, a empresa não funciona em nenhum dos endereços apresentados a órgãos públicos. O convênio foi firmado com a entidade em 2009 e totaliza R$3,75 mi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
No contrato com o ministério, a Aart apresenta como endereço um prédio residencial na Rua Santa Clara, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. A moradora do local, que pediu para não ser identificada, diz que mora no apartamento há 11 e nunca ouviu falar da Aart. A associação está entre as entidades que mais recebem dinheiro público para programas de qualificação de profissionais do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
No contrato com o ministério, a Aart apresenta como endereço um prédio residencial na Rua Santa Clara, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. A moradora do local, que pediu para não ser identificada, diz que mora no apartamento há 11 e nunca ouviu falar da Aart. A associação está entre as entidades que mais recebem dinheiro público para programas de qualificação de profissionais do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Polícia inicia retirada de estudantes de reitoria da USP
A Tropa de Choque da Polícia Militar cumpria, desde o fim da madrugada desta terça-feira, a ordem judicial de reintegração de posse do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP). O prazo para a desocupação estipulado pela Justiça já havia se esgotado, e o emprego da força policial estava autorizado desde as 23h. Cerca de 400 policiais participaram da operação de retirada, que ocorria de forma pacífica, de acordo com a coronel Maria.
A ação começou por volta das 5h, e inicialmente não houve enfrentamento entre estudantes e os policiais do Batalhão de Choque. Pelo menos três estudantes foram detidos ao tentar furar o bloqueio policial e entrar de volta na reitoria. Os policiais impediram o retorno apenas com os escudos, sem o uso de cassetetes ou bombas de gás.
Os estudantes eram revistados e cerca de 60 deles eram mantidos em uma sala da reitoria, enquanto outro grupo de 20 a 30 estavam do lado de fora protestando. De acordo com a coronel, todos seriam em seguida encaminhados ao distrito policial. Os estudantes são contra a presença da PM na universidade.
A invasão aconteceu por parte de um grupo descontente com a resultado de uma votação em assembleia que decidiu, na terça-feira, por 559 votos a 458, encerrar a ocupação do prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). O grupo deslocou o portão de trás do edifício da Administração Central, usando paus, pedras e cavaletes, e em poucos minutos chegou ao saguão principal do prédio.
A FFLCH havia sido ocupada depois que a PM abordou três estudantes no campus por porte de maconha na quinta-feira da semana passada e tentou levar os usuários detidos. Os policiais usaram gás lacrimogêneo, e alunos teriam ficado feridos após confronto.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Começa na França julgamento de terrorista Carlos, o chacal
Teve início nesta segunda-feira em Paris, o julgamento do venezuelano Ilich Ramirez Sanchez, mais conhecido como "Carlos, o Chacal", que chegou a ser um dos acusados por terrorismo mais procurados do mundo.
Carlos está sendo julgado pela sua participação em quatro ataques a bomba que mataram 11 pessoas no país no início da década de 1980: contra um trem que ligava Paris a Toulouse, a sede de um jornal na capital francesa, uma estação ferroviária em Marselha e um trem de alta velocidade.
Além dos 11 mortos, os ataques ocorridos entre 82 e 83 deixaram cerca de 150 pessoas feridas. Se culpado, Carlos pode receber sua segunda pena de prisão perpétua.
Desde 1997, o auto-denominado "revolucionário internacional" de 62 anos cumpre pena de prisão perpétua pelo assassinato de dois policiais e um informante realizados em Paris, em 1975, quando Carlos operava na clandestinidade como parte da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).
Em entrevista ao jornal venezuelano El Nacional, publicada neste domingo, Carlos diz ter cometido mais de cem atentados, que teriam causado a morte de entre 1,5 mil e e 2 mil pessoas. Segundo seus próprios cálculos, 10% de suas vítimas eram civis.
Carlos é um dos últimos exemplares de uma linha de revolucionários de extrema-esquerda que marcou o imaginário romântico-comunista no século 20 e a defesa da causa palestina, nas décadas de 1970 e 80.
Carreira
Durante anos, ele foi o nome mais famoso do chamado terrorismo internacional, embora poucos conhecessem seu rosto. Descrito como "megalomaníaco" e "egocêntrico" por seus detratores, Carlos virou personagem de livros, documentários e filmes.
A ligação com o comunismo vem de família. Seu pai era um advogado marxista venezuelano, que decidiu dar a cada um dos três filhos um dos nomes verdadeiros de Lênin - a Carlos, coube Illich, segundo nome do líder da revolução bolchevique (Vladimir Illitch Ulianov).
Sua carreira de guerrilheiro começou na Jordânia, onde recebeu treinamento e teve seu primeiro contato com a FPLP, após uma etapa de estudos acadêmicos em Moscou.
O nome de guerra "Carlos" surgiu pouco depois, quando o venezuelano passou a integrar as operações exteriores da FPLP e a realizar atentados contra alvos ligados a Israel.
Carlos ganhou fama na Europa ao ser apontado como autor da tentativa de assassinato do irmão de um rico empresário judeu em Londres, em dezembro de 1973. Um mês depois, teria sido o responsável pela explosão de uma bomba em uma agência bancária também na capital inglesa.
O apelido de Chacal foi dado pela polícia britânica, que ao revistar um de seus esconderijos, encontrou um exemplar do livro O Dia do Chacal, do inglês Frederick Forsyth.
Em 1975, Carlos realizou seu golpe mais ousado. Junto com outros seis militantes, ele tomou de assalto a sede da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em Viena, onde ocorria uma reunião de ministros de diversos países.
Com dezenas de reféns sob a mira de fuzis, Carlos exigiu, e conseguiu, um avião para deixar a capital austríaca, rumo a Argel.
Após libertar parte dos reféns, o grupo rumou para Trípoli, mas foi impedido de desembarcar por ordem do então líder líbio coronel Muamar Khadafi. Finalmente, o comando retornou para a Argélia, onde libertou o restante dos sequestrados e recebeu asilo do governo local.
Carlos voltou à ativa alguns meses depois do sequestro, embora tenha abandonado a FPLP por não ter obedecido ordens superiores e ter aceitado o pagamento de resgate pelos reféns da Opep. Com seu próprio grupo, ele continuou sua série de cem atentados em prol de causas anti-imperialistas, muitos deles na França.
A carreira de Carlos, o Chacal, terminou em 1994, quando vivia no Sudão. O governo sudanês permitiu que forças especiais francesas o capturassem em seu território e o levassem para Paris, sem que houvesse necessidade da abertura de um processo de extradição.
O ato mais recente de rebeldia do homem que aprecia charutos cubanos e não vive sem seus cachecóis de seda ocorreu no mês passado.
Do telefone da prisão da prisão de Santé, em Paris, Carlos deu entrevista a uma rádio francesa, contando que seu novo companheiro de cárcere era o ex-ditador panamenho Manuel Noriega. Como punição, voltou a ser transferido para a solitária, onde já cumpriu grande parte de sua pena.
Carlos está sendo julgado pela sua participação em quatro ataques a bomba que mataram 11 pessoas no país no início da década de 1980: contra um trem que ligava Paris a Toulouse, a sede de um jornal na capital francesa, uma estação ferroviária em Marselha e um trem de alta velocidade.
Além dos 11 mortos, os ataques ocorridos entre 82 e 83 deixaram cerca de 150 pessoas feridas. Se culpado, Carlos pode receber sua segunda pena de prisão perpétua.
Desde 1997, o auto-denominado "revolucionário internacional" de 62 anos cumpre pena de prisão perpétua pelo assassinato de dois policiais e um informante realizados em Paris, em 1975, quando Carlos operava na clandestinidade como parte da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).
Em entrevista ao jornal venezuelano El Nacional, publicada neste domingo, Carlos diz ter cometido mais de cem atentados, que teriam causado a morte de entre 1,5 mil e e 2 mil pessoas. Segundo seus próprios cálculos, 10% de suas vítimas eram civis.
Carlos é um dos últimos exemplares de uma linha de revolucionários de extrema-esquerda que marcou o imaginário romântico-comunista no século 20 e a defesa da causa palestina, nas décadas de 1970 e 80.
Carreira
Durante anos, ele foi o nome mais famoso do chamado terrorismo internacional, embora poucos conhecessem seu rosto. Descrito como "megalomaníaco" e "egocêntrico" por seus detratores, Carlos virou personagem de livros, documentários e filmes.
A ligação com o comunismo vem de família. Seu pai era um advogado marxista venezuelano, que decidiu dar a cada um dos três filhos um dos nomes verdadeiros de Lênin - a Carlos, coube Illich, segundo nome do líder da revolução bolchevique (Vladimir Illitch Ulianov).
Sua carreira de guerrilheiro começou na Jordânia, onde recebeu treinamento e teve seu primeiro contato com a FPLP, após uma etapa de estudos acadêmicos em Moscou.
O nome de guerra "Carlos" surgiu pouco depois, quando o venezuelano passou a integrar as operações exteriores da FPLP e a realizar atentados contra alvos ligados a Israel.
Carlos ganhou fama na Europa ao ser apontado como autor da tentativa de assassinato do irmão de um rico empresário judeu em Londres, em dezembro de 1973. Um mês depois, teria sido o responsável pela explosão de uma bomba em uma agência bancária também na capital inglesa.
O apelido de Chacal foi dado pela polícia britânica, que ao revistar um de seus esconderijos, encontrou um exemplar do livro O Dia do Chacal, do inglês Frederick Forsyth.
Em 1975, Carlos realizou seu golpe mais ousado. Junto com outros seis militantes, ele tomou de assalto a sede da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em Viena, onde ocorria uma reunião de ministros de diversos países.
Com dezenas de reféns sob a mira de fuzis, Carlos exigiu, e conseguiu, um avião para deixar a capital austríaca, rumo a Argel.
Após libertar parte dos reféns, o grupo rumou para Trípoli, mas foi impedido de desembarcar por ordem do então líder líbio coronel Muamar Khadafi. Finalmente, o comando retornou para a Argélia, onde libertou o restante dos sequestrados e recebeu asilo do governo local.
Carlos voltou à ativa alguns meses depois do sequestro, embora tenha abandonado a FPLP por não ter obedecido ordens superiores e ter aceitado o pagamento de resgate pelos reféns da Opep. Com seu próprio grupo, ele continuou sua série de cem atentados em prol de causas anti-imperialistas, muitos deles na França.
A carreira de Carlos, o Chacal, terminou em 1994, quando vivia no Sudão. O governo sudanês permitiu que forças especiais francesas o capturassem em seu território e o levassem para Paris, sem que houvesse necessidade da abertura de um processo de extradição.
O ato mais recente de rebeldia do homem que aprecia charutos cubanos e não vive sem seus cachecóis de seda ocorreu no mês passado.
Do telefone da prisão da prisão de Santé, em Paris, Carlos deu entrevista a uma rádio francesa, contando que seu novo companheiro de cárcere era o ex-ditador panamenho Manuel Noriega. Como punição, voltou a ser transferido para a solitária, onde já cumpriu grande parte de sua pena.
domingo, 6 de novembro de 2011
Jornal: ministros criticam Dilma por atrasar programas
Ministros têm reclamado do estilo "centralizador" da presidente Dilma Rousseff, característica que seria o motivo de atraso em decisões importantes neste final de primeiro ano de mandato. De acordo com reportagem publicada neste domingo pelo jornal Folha de S. Paulo, a presidente adota uma espécie de ritual para ver se determinado projeto será efetivo. Chamado de "sessões de espancamento", o ritual tenta "desconstruir" o programa para ver se ele passa em um teste de qualidade. Caso ele não sobreviva, ele volta ao escaninho para reparos.
Dilma seria vista como "gerente" pelos ministros, que ainda afirmam que ela teria uma obsessão em se ater "ao detalhe do detalhe", o que faria lotar as gavetas de sua mesa. Ao relatar uma reunião sobre a Lei Geral da Copa realizada com Dilma, um ministro afirmou que a presidente permaneceu no encontro por quatro horas, "apitando o jogo inteiro", ao contrário do ex-presidente Lula que só aparecia para decidir a partida.
Dilma seria vista como "gerente" pelos ministros, que ainda afirmam que ela teria uma obsessão em se ater "ao detalhe do detalhe", o que faria lotar as gavetas de sua mesa. Ao relatar uma reunião sobre a Lei Geral da Copa realizada com Dilma, um ministro afirmou que a presidente permaneceu no encontro por quatro horas, "apitando o jogo inteiro", ao contrário do ex-presidente Lula que só aparecia para decidir a partida.
sábado, 5 de novembro de 2011
STF mantém em sigilo nome de 152 autoridades investigadas
O Supremo Tribunal Federal (STF) transformou em regra uma exceção adotada no ano passado usada para proteger investigações e mantém sob sigilo a identidade de 152 autoridades suspeitas de envolvimento em crimes. Um levantamento realizado pelo jornal Estado de S. Paulo analisou cerca de 200 inquéritos em que os nomes dos investigados são ocultados mesmo que o processo não tramite em segredo de Justiça. Segundo o jornal, inquérito aberto contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), envolvida no mensalão do DEM, por exemplo, mostra apenas as iniciais da parlamentar.
De acordo com o jornal, a prática foi adotada no ano passado pelo presidente do tribunal, ministro Cezar Peluso, para proteger investigações que poderiam correr em segredo de Justiça. O levantamento do Estado de S. Paulo mostrou que apenas o ministro Celso de Mello tem como padrão tirar essa proteção a investigados com foro privilegiado. A assessoria de imprensa do STF afirmou ao jornal que a decisão de publicar o nome por extenso dos investigados cabe aos ministros e não se manifestou sobre os casos mencionados na reportagem.
De acordo com o jornal, a prática foi adotada no ano passado pelo presidente do tribunal, ministro Cezar Peluso, para proteger investigações que poderiam correr em segredo de Justiça. O levantamento do Estado de S. Paulo mostrou que apenas o ministro Celso de Mello tem como padrão tirar essa proteção a investigados com foro privilegiado. A assessoria de imprensa do STF afirmou ao jornal que a decisão de publicar o nome por extenso dos investigados cabe aos ministros e não se manifestou sobre os casos mencionados na reportagem.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
UPP da Mangueira é inaugurada com adesão de poucos moradores
A festa montada para a inauguração da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), na comunidade da Mangueira, zona norte do Rio de Janeiro, contou com a adesão de poucos moradores. Apesar de haver uma programação intensa, com música, recreação e apresentação da bateria da escola de samba, somente crianças uniformizadas participaram das atividades. A maioria dos poucos moradores que ouviram os discursos do governador Sérgio Cabral, do secretário de segurança, José Mariano Beltrame, e do comandante-geral da Polícia Militar, Erir Ribeiro da Costa e Silva, preferiram observar de longe, junto aos muros das vielas ou das janelas das casas.
As opiniões sobre a chegada da UPP na última favela do cinturão do Maracanã a ser contemplada pela polícia pacificadora se dividem. Muitas respostas sobre as dúvidas acerca do programa, iniciado em dezembro de 2008 com a instalação da UPP de Santa Marta, já foram respondidas. Chega a polícia, sai o domínio territorial dos traficantes. No entanto, como muitas vezes as autoridades já admitiram, o tráfico de drogas permanece e é difícil de ser combatido. A chegada de homens e mulheres vestindo a farda da PM não traz mais alívio imediato que desconfiança.
"A gente não era traficante. O que a gente precisa não é de polícia, é transporte, é esgoto. O que tem de esgoto a céu aberto aqui você não acredita", diz Cíntia Araújo, 33 anos, que mora na Mangueira desde que nasceu. Apesar de admitir que a UPP possa ser um primeiro passo para a entrada de serviços sociais necessários para a comunidade, a moradora Bruna da Silva Machado, 26 anos, também vê com ceticismo a chegada da PM. "O que a gente quer ainda não veio", disse.
Para o capitão Leonardo Nogueira, 34 anos, nomeado comandante da UPP da Mangueira, a reação não é novidade. Ele conta ter enfrentado o mesmo processo ao comandar a instalação da UPP do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. Para Nogueira, que tem 10 anos de PM, é crucial diminuir a distância entre a polícia e os moradores. Uma das formas que ele encontrou é através da música. O próprio capitão, que é percursionista, vai ministrar oficinas para jovens na comunidade.
"O policial que sai da academia hoje tem formação em direitos humanos, sociologia e filosofia. Quem chega na comunidade não é o guerreiro forjado para a guerra. Somos formados para lidar com pessoas. Precisamos mostrar isso à comunidade", afirma.
No entanto, Nogueira procura não subestimar o desafio quando o assunto é a eliminação da cultura do tráfico. "O tráfico tem as suas estratégias. Já prendemos uma menina de 13 anos de idade, vestindo uniforme escolar e carregando drogas escondidas na mochila", contou.
Durante seu discurso, o governador Sérgio Cabral congratulou a Mangueira como berço do samba e de esportistas. Ivo Meirelles, presidente da escola de samba da Mangueira, também foi homenageado. A cerimônia terminou com a bateria da escola e com o show de passistas. Aos 90 anos, uma das figuras mais clássicas da Mangueira, o mestre-sala Hégio Laurindo da Silva, o Delegado, estava ao lado da chegada da UPP. "É muito importante, acho que agora as coisas vão mudar. Há muito tempo a comunidade merecia isso", disse ao Terra. Ao todo, 403 PMs farão parte da unidade comandada pelo capitão Rodrigues. A Mangueira havia sido ocupada em junho pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
As opiniões sobre a chegada da UPP na última favela do cinturão do Maracanã a ser contemplada pela polícia pacificadora se dividem. Muitas respostas sobre as dúvidas acerca do programa, iniciado em dezembro de 2008 com a instalação da UPP de Santa Marta, já foram respondidas. Chega a polícia, sai o domínio territorial dos traficantes. No entanto, como muitas vezes as autoridades já admitiram, o tráfico de drogas permanece e é difícil de ser combatido. A chegada de homens e mulheres vestindo a farda da PM não traz mais alívio imediato que desconfiança.
"A gente não era traficante. O que a gente precisa não é de polícia, é transporte, é esgoto. O que tem de esgoto a céu aberto aqui você não acredita", diz Cíntia Araújo, 33 anos, que mora na Mangueira desde que nasceu. Apesar de admitir que a UPP possa ser um primeiro passo para a entrada de serviços sociais necessários para a comunidade, a moradora Bruna da Silva Machado, 26 anos, também vê com ceticismo a chegada da PM. "O que a gente quer ainda não veio", disse.
Para o capitão Leonardo Nogueira, 34 anos, nomeado comandante da UPP da Mangueira, a reação não é novidade. Ele conta ter enfrentado o mesmo processo ao comandar a instalação da UPP do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. Para Nogueira, que tem 10 anos de PM, é crucial diminuir a distância entre a polícia e os moradores. Uma das formas que ele encontrou é através da música. O próprio capitão, que é percursionista, vai ministrar oficinas para jovens na comunidade.
"O policial que sai da academia hoje tem formação em direitos humanos, sociologia e filosofia. Quem chega na comunidade não é o guerreiro forjado para a guerra. Somos formados para lidar com pessoas. Precisamos mostrar isso à comunidade", afirma.
No entanto, Nogueira procura não subestimar o desafio quando o assunto é a eliminação da cultura do tráfico. "O tráfico tem as suas estratégias. Já prendemos uma menina de 13 anos de idade, vestindo uniforme escolar e carregando drogas escondidas na mochila", contou.
Durante seu discurso, o governador Sérgio Cabral congratulou a Mangueira como berço do samba e de esportistas. Ivo Meirelles, presidente da escola de samba da Mangueira, também foi homenageado. A cerimônia terminou com a bateria da escola e com o show de passistas. Aos 90 anos, uma das figuras mais clássicas da Mangueira, o mestre-sala Hégio Laurindo da Silva, o Delegado, estava ao lado da chegada da UPP. "É muito importante, acho que agora as coisas vão mudar. Há muito tempo a comunidade merecia isso", disse ao Terra. Ao todo, 403 PMs farão parte da unidade comandada pelo capitão Rodrigues. A Mangueira havia sido ocupada em junho pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
RS: jovem é presa com 1 kg de crack que abasteceria balneário
Agentes do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, apreenderam na tarde de terça-feira cerca de mil pedras de crack com uma jovem de 25 anos, na rodoviária de Porto Alegre (RS). Ela tentava embarcar em um ônibus para o Balneário de Mostardas com o entorpecente escondido.
"O crack apreendido seria distribuído no feriado e está avaliado em aproximadamente R$ 5 mil", afirmou o delegado Mario Souza. A jovem tinha antecedentes por tráfico de drogas e foi encaminhada ao presídio feminino da capital gaúcha, Madre Pelletier.
"O crack apreendido seria distribuído no feriado e está avaliado em aproximadamente R$ 5 mil", afirmou o delegado Mario Souza. A jovem tinha antecedentes por tráfico de drogas e foi encaminhada ao presídio feminino da capital gaúcha, Madre Pelletier.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Lamarca apelidou Dilma de Mônica durante a ditadura
A personalidade forte de Dilma é uma característica que sempre chamou atenção, desde os tempos em que ela participou da luta armada contra a ditadura nos anos 60. Naquela época, a aceitação de mulheres em papéis de liderança era difícil, o que rendeu à guerrilheira o apelido de Mônica. A alcunha provocativa foi dada pelo capitão Carlos Lamarca,um dos principais líderes da resistência à ditadura, que foi morto há 40 anos numa ação do Exército. Lamarca estaria incomodado com o destaque da militante dentro da organização, segundo afirma Tom Cardoso, autor do livro O Cofre do Dr. Rui, lançado neste mês pela editora Civilização Brasileira.
"Por ser casada com um dos chefes da VAR-Palmares ela começa a ganhar destaque na organização muito pelas qualidades que ela tem hoje: gerentona, organizada, firme... então, com isso ela e o Lamarca chegaram a ter alguns problemas, já que o Lamarca era machista, capitão do Exército, e achava estranho uma mulher ser tão mandona. Logo ele deu o apelido de Mônica para a Dilma por causa da personagem do Maurício de Souza que estava começando a fazer sucesso na época, por Dilma ser dentuça", conta o autor, que para escrever a obra entrevistou Carlos Araújo, ex-marido de Dilma e um dos chefes da organização.
O livro conta a história do roubo de um cofre recheado com US$ 2,5 milhões desviados de obras realizadas pelo ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros, dinheiro que hoje equivaleria a aproximadamente R$ 25 milhões. Após a morte do político, o dinheiro foi guardado pela sua amante, a socialite Ana Capriglione, a quem Adhemar chamava de Dr. Rui para não levantar suspeitas.
Dr. Rui era uma mulher que circulava com facilidade pelo poder e chegou a nomear para uma pasta do governo paulista o padre que abençoou seu relacionamento com o amante. "A Ana tinha uma gerencia muito grande no governo do Adhemar. Ele fazia certas vontades da Ana e deixava ela nomear alguns secretário", conta o autor. "Adhemar era um populista e a Ana uma socialite muito chique que não combinavam em nada, mas se amavam", completa.
Personagem esquecido
Apesar da participação de Dilma, para o autor, o principal personagem desse episódio histórico é o estudante Gustavo Schiller. Ele vivia na mansão onde estava guardado o dinheiro e ao saber da existência do cofre passa a informação para os guerrilheiros mesmo sabendo que isso colocaria a vida de todos em risco.
Após o roubo, ele foi preso, torturado e perseguido, tanto pela ditadura, quanto pela esquerda. Desiludido com o que foi feito com o dinheiro e com os rumos que os militantes de esquerda tomaram após a redemocratização do País, cometeu suicídio ao voltar do exílio.
"Era um cara muito idealista que queria que o dinheiro que ele ajudou a conseguir fosse bem aproveitado com a organização da guerrilha, mas ele vê que as pessoas começam a se dispensar, então ele acaba sofrendo a vida inteira por causa desse cofre e se mata quando ele volta do exílio, logo quando o Sarney toma o poder, por se desiludir com os que eram de esquerda que acabam entrando no governo", conta o autor.
Mutantes
O autor diz que durante a investigação para o livro descobriu várias outras histórias interessantes, entre elas a da ligação dos irmãos da banda Os Mutantes, quando crianças, com Adhemar. O homem de confiança do ex-governador era César Batista, pai dos músicos.
"Eu soube que os meninos dos Mutantes chegavam a carregar malas de dinheiro para o tio Adhemar para alimentar esses cofres. Ele falava: 'olha molecada, vamos carregar essas malas para não levantar muita suspeita', isso quem me contou foi o Cláudio, que é irmão mais velho. Eles adoravam o Adhemar, que era dono da Lacta, e dava ovos de chocolate e Diamantes Negros para os meninos. O Serginho Dias, guitarrista dos Mutantes, dizia que a primeira vez que ele andou de conversível foi no carro da Ana (Dr. Rui)", conta.
"Por ser casada com um dos chefes da VAR-Palmares ela começa a ganhar destaque na organização muito pelas qualidades que ela tem hoje: gerentona, organizada, firme... então, com isso ela e o Lamarca chegaram a ter alguns problemas, já que o Lamarca era machista, capitão do Exército, e achava estranho uma mulher ser tão mandona. Logo ele deu o apelido de Mônica para a Dilma por causa da personagem do Maurício de Souza que estava começando a fazer sucesso na época, por Dilma ser dentuça", conta o autor, que para escrever a obra entrevistou Carlos Araújo, ex-marido de Dilma e um dos chefes da organização.
O livro conta a história do roubo de um cofre recheado com US$ 2,5 milhões desviados de obras realizadas pelo ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros, dinheiro que hoje equivaleria a aproximadamente R$ 25 milhões. Após a morte do político, o dinheiro foi guardado pela sua amante, a socialite Ana Capriglione, a quem Adhemar chamava de Dr. Rui para não levantar suspeitas.
Dr. Rui era uma mulher que circulava com facilidade pelo poder e chegou a nomear para uma pasta do governo paulista o padre que abençoou seu relacionamento com o amante. "A Ana tinha uma gerencia muito grande no governo do Adhemar. Ele fazia certas vontades da Ana e deixava ela nomear alguns secretário", conta o autor. "Adhemar era um populista e a Ana uma socialite muito chique que não combinavam em nada, mas se amavam", completa.
Personagem esquecido
Apesar da participação de Dilma, para o autor, o principal personagem desse episódio histórico é o estudante Gustavo Schiller. Ele vivia na mansão onde estava guardado o dinheiro e ao saber da existência do cofre passa a informação para os guerrilheiros mesmo sabendo que isso colocaria a vida de todos em risco.
Após o roubo, ele foi preso, torturado e perseguido, tanto pela ditadura, quanto pela esquerda. Desiludido com o que foi feito com o dinheiro e com os rumos que os militantes de esquerda tomaram após a redemocratização do País, cometeu suicídio ao voltar do exílio.
"Era um cara muito idealista que queria que o dinheiro que ele ajudou a conseguir fosse bem aproveitado com a organização da guerrilha, mas ele vê que as pessoas começam a se dispensar, então ele acaba sofrendo a vida inteira por causa desse cofre e se mata quando ele volta do exílio, logo quando o Sarney toma o poder, por se desiludir com os que eram de esquerda que acabam entrando no governo", conta o autor.
Mutantes
O autor diz que durante a investigação para o livro descobriu várias outras histórias interessantes, entre elas a da ligação dos irmãos da banda Os Mutantes, quando crianças, com Adhemar. O homem de confiança do ex-governador era César Batista, pai dos músicos.
"Eu soube que os meninos dos Mutantes chegavam a carregar malas de dinheiro para o tio Adhemar para alimentar esses cofres. Ele falava: 'olha molecada, vamos carregar essas malas para não levantar muita suspeita', isso quem me contou foi o Cláudio, que é irmão mais velho. Eles adoravam o Adhemar, que era dono da Lacta, e dava ovos de chocolate e Diamantes Negros para os meninos. O Serginho Dias, guitarrista dos Mutantes, dizia que a primeira vez que ele andou de conversível foi no carro da Ana (Dr. Rui)", conta.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Dilma nomeia Nelson Breve para presidir estatal de comunicação
A presidente Dilma Rousseff nomeou o jornalista Nelson Breve para presidir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que reúne a TV Brasil, a Agência Brasil e oito emissoras de rádio, entre outros veículos de comunicação. A nomeação do jornalista, por um período de quatro anos, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. Breve entra no lugar da jornalista Tereza Cruvinel, que exerceu a função no período de 2007 a 2010.
Nascido em Ourinhos, no interior de São Paulo, Nelson Breve formou-se em jornalismo na Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP). Ele trabalhou como repórter da Rádio Eldorado, pertencente ao Grupo Estado, e foi repórter especial da Agência Estado.
Jornalista há 18 anos, Breve especializou-se na cobertura econômica e política em Brasília, atuando como setorista no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto, nos ministérios da área econômica e no Banco Central. Ele também acompanhou os movimentos sociais.
Nelson Breve também foi secretário de Imprensa da Presidência da República, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde abril deste ano, ocupa na EBC o cargo de superintendente de Comunicação Multimídia.
Ao longo dos anos, o jornalista também acumulou experiência em chefia de equipes, gerência administrativa, análise de gestão, planejamento estratégico, desenvolvimento de projetos, gestão de contratos públicos e privados, estratégia de comunicação, eventos multilaterais internacionais, gerenciamento de risco e enfrentamento de crises, atuando como executivo e gestor do segundo escalão do governo federal.
Como diretor-presidente da EBC, Nelson Breve vai administrar uma empresa com 1.422 funcionários, sendo 902 empregados efetivos, 140 contratados temporariamente e 380 comissionados, e um orçamento de R$ 413,7 milhões.
A EBC engloba duas TVs públicas (TV Brasil e TV Brasil Internacional), a Agência Brasil, a Radioagência Nacional, oito emissoras de rádio e a EBC Serviços, braço da empresa que presta serviços ao governo federal, opera a TV NBR e serviços conexos como A Voz do Brasil, os programas Café com a Presidenta e Bom Dia, Ministro, o Banco de Notícias e a Mídia Impressa.
Nascido em Ourinhos, no interior de São Paulo, Nelson Breve formou-se em jornalismo na Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP). Ele trabalhou como repórter da Rádio Eldorado, pertencente ao Grupo Estado, e foi repórter especial da Agência Estado.
Jornalista há 18 anos, Breve especializou-se na cobertura econômica e política em Brasília, atuando como setorista no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto, nos ministérios da área econômica e no Banco Central. Ele também acompanhou os movimentos sociais.
Nelson Breve também foi secretário de Imprensa da Presidência da República, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde abril deste ano, ocupa na EBC o cargo de superintendente de Comunicação Multimídia.
Ao longo dos anos, o jornalista também acumulou experiência em chefia de equipes, gerência administrativa, análise de gestão, planejamento estratégico, desenvolvimento de projetos, gestão de contratos públicos e privados, estratégia de comunicação, eventos multilaterais internacionais, gerenciamento de risco e enfrentamento de crises, atuando como executivo e gestor do segundo escalão do governo federal.
Como diretor-presidente da EBC, Nelson Breve vai administrar uma empresa com 1.422 funcionários, sendo 902 empregados efetivos, 140 contratados temporariamente e 380 comissionados, e um orçamento de R$ 413,7 milhões.
A EBC engloba duas TVs públicas (TV Brasil e TV Brasil Internacional), a Agência Brasil, a Radioagência Nacional, oito emissoras de rádio e a EBC Serviços, braço da empresa que presta serviços ao governo federal, opera a TV NBR e serviços conexos como A Voz do Brasil, os programas Café com a Presidenta e Bom Dia, Ministro, o Banco de Notícias e a Mídia Impressa.
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