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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

RJ: remoção de escombros de explosão deve demorar 60 dias

A remoção total do entulho na área onde ocorreu a explosão que matou três pessoas e deixou 17 feridos na quinta-feira na Praça Tiradentes, centro do Rio de Janeiro, deve durar até dois meses. Os trabalhos foram suspensos por volta das 20h de ontem e foram retomados esta manhã. O escoramento do prédio Riqueza também já começou. Onze homens fazem a remoção e devem receber reforço.
Ontem, a secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) afirmou que o Restaurante Filé Carioca, local da explosão, funcionava com um alvará provisório. No entanto, o órgão disse que, durante três anos, o proprietário renovava a permissão porque não tinha a documentação necessária para fazer um definitivo.
O secretário de Defesa Civil, Sérgio Simões, garantiu que o estabelecimento não existia para o Corpo de Bombeiros. "No projeto que foi apresentado, não consta a instalação de um restaurante", disse ele, ressaltando que a rotina de fiscalização da corporação é apenas verificar restaurantes que tenham registro no sistema, o que não seria o caso do Filé Carioca.
Simões disse ainda que nenhuma loja do condomínio onde ficava o restaurante tinha autorização para usar cilindros de gás. A maioria das construções não estaria adaptada à nova norma de segurança contra incêndio e pane, em vigor desde 1977.
"Temos prédios anteriores a 1977 que foram construídos sem obedecer a essa norma. Então, cobramos que essas construções se adaptem a essa legislação atual", disse o secretário. O presidente em exercício do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Cleyton Guimarães, disse que os prédios ao lado do Filé Carioca também podem ter sido afetados em suas estruturas.
Segundo ele, é preciso fazer perícia no subsolo da região afetada, para se verificar a integridade das fundações. Guimarães disse que o Crea vai propor a criação de um código de segurança reunindo as normas hoje dispersas, a fim de agilizar a fiscalização. "Claramente está faltando integração entre os órgãos públicos para a fiscalização", salientou.

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