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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Jornal: motorista diz que deu R$ 256 mil de propina a Agnelo

 Um relato detalhado da entrega de uma mochila com R$ 256 mil de propina a Agnelo Queiroz, em agosto de 2007, e um bilhete encontrado na casa do policial militar João Dias Ferreira, dono da Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak), ligam o esquema de desvio de dinheiro do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, ao atual governador do Distrito Federal e ex-ministro do Esporte. Por conta desses indícios, Agnelo será investigado pelo Ministério Público Federal e poderá ter o sigilo bancário e telefônico quebrado. Na terça-feira, a Justiça Federal enviou ao Superior Tribunal de Justiça o inquérito aberto para a apuração das denúncias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nos sete volumes do inquérito, está o depoimento de Geraldo Nascimento de Andrade, motorista de uma das empresas fornecedoras de notas falsas para encobrir o desvio de recursos do Segundo Tempo que está sob proteção policial. Ao delegado Giancarlos Zuliani, da Polícia Civil do DF, Nascimento contou ter sacado, nos dias 7 e 8 de agosto de 2007, aproximadamente R$ 330 mil em uma agência do Banco de Brasília (BRB). Continuou dizendo que pôs R$ 256 mil numa mochila e participou pessoalmente da operação de entrega do dinheiro, na cidade-satélite de Sobradinho, a Agnelo. Relatou ter seguido de carro com Eduardo Pereira Tomaz, assessor de João Dias nos projetos do Segundo Tempo, para o estacionamento de uma concessionária de motos. Seis volumes do inquérito serão mantidos sob sigilo durante toda a investigação por conterem informações obtidas com quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados. Em um deles, há ligações de Ana Paula Oliveira, mulher de João Dias, para Agnelo. Segundo os investigadores, ela buscava ajuda para garantir a defesa do marido nos processos que respondia por desvio de recursos públicos. Em nota, a Secretaria de Comunicação do governo do DF afirmou que a existência da investigação não é suficiente para "firmar premissa" de que Agnelo "praticou ato reprovável legal e eticamente". 

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